quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Rosa dos ventos no olho do furacão




Corre pelas veias esse gosto,
O velho e insuportável gosto de medo e fracasso.
Desejos sucubem as tentações mentirosas de glória.
É tudo passageiro, menos esse gosto,
Inesgotável e paralizante, veneno escondido no bote feroz da tarde vã.
Escorre caldaloso e viscoso sobre os sonhos da menina,
Que se corrompe por qualquer doce colorido.
Ele tenta, aparece a todo segundo com um prazerzinho grátis e instantâneo.
Glória do gozo que já nasce esgotado.

Firmeza nos propósitos, prontidão.
Qualquer deslize pode ser fatal, qualquer segundo no automático,
E VUPT! Mais um desejo afundado na areia movediça.
Quando será que desemboca no fluxo e não doem os limites?
E sim, propulsionam como alavancas que são.

Dia desses viro vento, varro a casa e vou ser feliz.
Dia desses viro hoje, vago vasto, a luz é diretriz.

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