tag:blogger.com,1999:blog-13268381567752559172024-03-20T03:08:23.668-07:00Rafaela FerreiraRafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-7489905900032196382012-02-01T17:45:00.000-08:002012-02-01T17:45:02.978-08:00Segunda Parte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr9z_qLwzFr0I9UHe0xuujaqUOaGFn2tlna75RhF-8hqn_n9KESWlIdbudnMnK_xzXzKEOBdzWR5dU02Fo69VPIE5ZXNSmJTtIdu7IndFlr-YauV0qlbTTztly-kFF8MPdUTyLL1jFCXyb/s1600/pipas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr9z_qLwzFr0I9UHe0xuujaqUOaGFn2tlna75RhF-8hqn_n9KESWlIdbudnMnK_xzXzKEOBdzWR5dU02Fo69VPIE5ZXNSmJTtIdu7IndFlr-YauV0qlbTTztly-kFF8MPdUTyLL1jFCXyb/s320/pipas.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;">Fevereiro nos ventos! </div><div style="text-align: center;">Vitais, vicejantes, viscerais de beleza inigualável. </div><div style="text-align: center;">Cubra-nos com suas bençãos...</div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-64445363335317627722011-09-07T06:02:00.000-07:002011-09-07T06:02:56.954-07:00Canção pra uma manhã qualquer.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI7DOZu8N2qhbdYhvfs2jyqMJr4l_KFDE6SQ7nBGu5eKlQ4kSvoKTTR4ndHnYlI1UZCSIY6CHoQ16RymotIcNScyoLf2-b9IgavsD8WJnI9aGK09Pmkiaww1vjvNTSWX5LY_4SFDHHjf3_/s1600/colhendo_flores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI7DOZu8N2qhbdYhvfs2jyqMJr4l_KFDE6SQ7nBGu5eKlQ4kSvoKTTR4ndHnYlI1UZCSIY6CHoQ16RymotIcNScyoLf2-b9IgavsD8WJnI9aGK09Pmkiaww1vjvNTSWX5LY_4SFDHHjf3_/s1600/colhendo_flores.jpg" /></a></div><br />
É feriado. Acordo cedo. Acordo cedo todos os dias. Não como quem é obrigado e salta da cama com raiva por ter de fazê-lo. Acordo naturalmente cedo e aprecio os barulhos silenciosos da casa ainda desabitada as 8 horas da manhã. Preparo um café forte, como de costume, pra salientar o gosto bom que tem os inícios. Acordo com vontade de caminhar pelos raios de sol que escapam por entre as volumosas nuvens. Construir uma delícia que se acha com cheiro de mar. De fruta partida na mesa, que há de satisfazer, com amor, duas metades. Ando pela casa e ainda me surpreendo com o fato de tudo estar no exato lugar que deixei na noite anterior. Me deparo com novos seres, outras criações, elas por cima dos jornais de ontem, recebo o de hoje. Quero sol! Saio pra dar uma volta, encontro a mim mesma dobrando a esquina num passeio casual. Estou serena, com cara de quem ama e amou a noite toda e mesmo assim, acorda cedo. É samba e amor até mais tarde e nenhum sono pela manhã. Divirto-me tentando planejar todo o dia do feriado, mesmo sabendo que tudo escapará de minhas mãos, essa será a delícia. Recito um verso qualquer de vontade e potência, disperso, entrego à vida. É ela quem sabe, se corro ou pego chuva, se escrevo ou luto, se crio... Me crio, sem crivos, te creio. Cria a beleza que a todo instante se recria. É feriado, mais um gole de café, um limão, talvez. Que prazer poder ter o azedo, o amargo... Meu coração é todo oposição, assim como o corpo inteiro.Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-35202893818123802082011-08-10T14:32:00.000-07:002011-08-10T14:32:27.529-07:00Rosa dos ventos no olho do furacão<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSaPiZSbisLrwc5V27Q5pJHU1o7h0uRVndTCtWCAx7rgolpVJ5_Srz730Hd-WOxNQGSPlUwu2o7F_T9dU6SYgl9dxjubqMwrBj4Pr0iVcT24sapWyZiYqFTb5RPnakVGyiNw7jhVMtUTLO/s1600/OLHO_D%257E1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSaPiZSbisLrwc5V27Q5pJHU1o7h0uRVndTCtWCAx7rgolpVJ5_Srz730Hd-WOxNQGSPlUwu2o7F_T9dU6SYgl9dxjubqMwrBj4Pr0iVcT24sapWyZiYqFTb5RPnakVGyiNw7jhVMtUTLO/s320/OLHO_D%257E1.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Corre pelas veias esse gosto,</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">O velho e insuportável gosto de medo e fracasso.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Desejos sucubem as tentações mentirosas de glória.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">É tudo passageiro, menos esse gosto,</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Inesgotável e paralizante, veneno escondido no bote feroz da tarde vã.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Escorre caldaloso e viscoso sobre os sonhos da menina,</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Que se corrompe por qualquer doce colorido.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Ele tenta, aparece a todo segundo com um prazerzinho grátis e instantâneo.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Glória do gozo que já nasce esgotado.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Firmeza nos propósitos, prontidão.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Qualquer deslize pode ser fatal, qualquer segundo no automático,</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">E VUPT! Mais um desejo afundado na areia movediça.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Quando será que desemboca no fluxo e não doem os limites?</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">E sim, propulsionam como alavancas que são.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Dia desses viro vento, varro a casa e vou ser feliz.</div><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dia desses viro hoje, vago vasto, a luz é diretriz.</span>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-33434882548199239412011-07-17T19:05:00.000-07:002011-07-17T19:08:42.606-07:00ÚnicaVisita à casa da mãe, faxina no armário antigo, revivendo um momento, reinventando um passado.<br />
Poesia de 2007 pra vocês:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwENW1nTfZL8dE1wvvVZEHDO_VUeZm4dRGTC_wFNUkilqViKFaRH7SSUmUI5Ci5k_Q2JXOSUoG3QFugCDA5_RNTx-d6oxtArbM1ryf-pf8kznUlPPjrFxx9TP4Lt9mdEZGeeZx2WgZ01zb/s1600/dovesmall.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwENW1nTfZL8dE1wvvVZEHDO_VUeZm4dRGTC_wFNUkilqViKFaRH7SSUmUI5Ci5k_Q2JXOSUoG3QFugCDA5_RNTx-d6oxtArbM1ryf-pf8kznUlPPjrFxx9TP4Lt9mdEZGeeZx2WgZ01zb/s320/dovesmall.png" width="320" /></a></div><br />
É como um pingar de gotas e a cada vez um som<br />
Notam-se frágeis os acordes expectivamente eloqüentes<br />
Cada pensamento pinga e forma ondas proporcionalmente indiferentes as sensações<br />
Dos medos tomo-me em grande parte<br />
E como sempre trago à tona as frustrações<br />
Não quero-me forte como pintavam na pintura<br />
Muito menos incompacta, sei lá<br />
Quero ver-me novamente no espelho d'alma<br />
Refletir os rabiscos tortuosos que expressam<br />
Calar as vozes dispensáveis<br />
E ouvir as ondas que me cortam<br />
Porque cansei de gritar no vazio<br />
Já se foram os ouvidos<br />
Que ouvir-me<br />
Pra ouvir-te<br />
Pra talvez calar-me<br />
Quero ser sincera com o que nasce em mim<br />
Expôr a você<br />
Mas sinto-me falando em outra língua<br />
Temo as frases que pedem pra ser vomitadas garganta a fora<br />
E às vezes engulo...<br />
É como regugitar o intragável<br />
E desses tons agudos e irritantes que pingam agora, encontro a falta<br />
Sinto-me tolida<br />
Quero falar-te do universo que explode<br />
Mas seus olhos fincaram-se nos jogos inventados de trivialidades<br />
E a minha garganta secou depois das repulsas<br />
Essa sensação de ser única e impermanentemente eu<br />
Diferente de todas as outras coisas existentes<br />
Cheia de impecílios pra me relacionar com os semelhantes<br />
É sensação cruel de solidão em si mesma<br />
E ao mesmo tempo de potência desbravadora de ser.<br />
Mas é notar-se mínima<br />
Completamente dispensável no funcionamento do macrorganismo<br />
Passageira, detentora de um curto espaço de tempo<br />
Capaz de agir sobre a realidade irreal que se vive<br />
É ver-se nada<br />
Prepotente de dúvidas e verdades absolutas<br />
Mutando-se a cada dia<br />
Nos ciclos que vão correndo<br />
Em busca sabe-se lá do que<br />
Devindo de ar em ar<br />
De momento em momento<br />
Nas poieras micro<br />
E dos micro que compõe as poeiras<br />
E nos compõe<br />
E cruzam-se, mudam-se<br />
Renovam, criam...<br />
Assim, minimamente única.Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-71621198005962652302011-07-07T07:39:00.000-07:002011-07-07T07:41:23.530-07:00Enlace(s)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnAvwzzAdt_ocEGL7jZZic8c7cxWCN-R09OCGxBgMOjf8y7rTjT0VhN0CeR2uYfXTolqwKCTjMIF4owP1WTFOmlPd9PodNsJKF6CSe9sVL8K4T0GxVmjMVKM8WX0ifACmakMaZBpa_Afa3/s1600/abismo1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnAvwzzAdt_ocEGL7jZZic8c7cxWCN-R09OCGxBgMOjf8y7rTjT0VhN0CeR2uYfXTolqwKCTjMIF4owP1WTFOmlPd9PodNsJKF6CSe9sVL8K4T0GxVmjMVKM8WX0ifACmakMaZBpa_Afa3/s1600/abismo1.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Desata um nó com o coração </div><div style="text-align: center;">Ata um laço</div><div style="text-align: center;">Cai no mesmo erro: </div><div style="text-align: center;">-E como seria diferente no atual estado?</div><div style="text-align: center;">Contorso do entorno</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Entra em uma rachadura</div><div style="text-align: center;">é possível passar por ela</div><div style="text-align: center;">é possível ficar nela</div><div style="text-align: center;">Não é isso que se deseja.</div><div style="text-align: center;">Deseja-se passar por dentro</div><div style="text-align: center;">Sair do avesso.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">É notável a mudança </div><div style="text-align: center;">É vindoura a redenção</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Escorre pelas mãos outra certeza</div><div style="text-align: center;">Esvaem-se dia a dia</div><div style="text-align: center;">Graças!</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Correta ou não </div><div style="text-align: center;">Não cala as vozes </div><div style="text-align: center;">Por ali ou por aqui </div><div style="text-align: center;">Faz-se sinuca de bico</div><div style="text-align: center;">Marcam-se pontos</div><div style="text-align: center;">Estratégia dos sentidos do agora</div><div style="text-align: center;">Passos largos sem premeditações</div><div style="text-align: center;">Apenas focos</div><div style="text-align: center;">Ainda que suaves</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Corridas em direção ao abismo</div><div style="text-align: center;">Já é conhecido o vôo após a coragem de atirar-se</div><div style="text-align: center;">Mas é sempre uma nova <b><i>coragem</i>:</b> atirar-se</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><b><i>Ela nasce no coração</i></b></div><div style="text-align: center;"><b><i>Arremessa-se nas nuves</i></b></div><div style="text-align: center;"><b><i>O sol brilha no peito</i></b></div><div style="text-align: center;"><b><i>Dá-se a aliança</i></b></div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-46330290682274471592011-06-08T19:32:00.000-07:002011-07-17T19:12:43.998-07:00(Ví)Vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6s-jAv_R_crLVhSanC09Cet_-fhdkD8WvV5QnODzim1ELQOoOoW13r2H8U7oE1GgypwPV2ajcHMT-_JCIdAHuAblD6EB4qyQOcOo4rt9rRVkKeNPIrNwE2aXmcPaGJhWbrU5xI2K5sb7v/s1600/2596415.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6s-jAv_R_crLVhSanC09Cet_-fhdkD8WvV5QnODzim1ELQOoOoW13r2H8U7oE1GgypwPV2ajcHMT-_JCIdAHuAblD6EB4qyQOcOo4rt9rRVkKeNPIrNwE2aXmcPaGJhWbrU5xI2K5sb7v/s400/2596415.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: left;"><i>Abre a caixa dos brinquedos </i></div><div style="text-align: left;"><i>Aquela que gira infinitos</i></div><div style="text-align: left;"><i>Bailando os gritos</i></div><div style="text-align: left;"><i>Limpando as mazelas</i></div><div style="text-align: left;"><i>Ouve as pequeninas tagarelas</i></div><div style="text-align: left;"><i>Gargalhando os alfabetos de sopa</i></div><div style="text-align: left;"><i>Passeatas de balões</i></div><div style="text-align: left;"><i>Circos de chegada ou partida</i></div><div style="text-align: left;"><i>Estrelas sutilezas</i></div><div style="text-align: left;"><i>Gorilas camomilas</i></div><div style="text-align: left;"><i>Fadas floridas</i></div><div style="text-align: left;"><i>Ouve a música das esferas</i></div><div style="text-align: left;"><i>Os mapas das minas </i></div><div style="text-align: left;"><i>Os reencontros no passado</i></div><div style="text-align: left;"><i>As voltas no futuro</i></div><div style="text-align: left;"><i>Ouve agora!</i></div><div style="text-align: left;"><i>Ouve-te a ti mesmo e a ela</i></div><div style="text-align: left;"><i>Na tela daquela</i></div><div style="text-align: left;"><i>Que borda singela</i></div><div style="text-align: left;"><i>A bela avenida</i></div><div style="text-align: left;"><i>Ávida</i></div><div style="text-align: left;"><i>Dá vida</i></div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-78062432721457611562011-05-27T12:40:00.000-07:002011-05-27T12:40:45.236-07:00Lembrança de quando era grande<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1r0sUU9RnhuusCjrd6xmQaDKlizMtdqAVhyphenhyphenvY7RWgot3pWCd2D_sdY5Gq5BbsCvfO0UYiDV4rD3HIDyVG_2qXXXaaHJN7wsrOd8gk3Lw965ftlxTUP4mFpHqbZ6-vV8Af7bz__BcLOyOm/s1600/ogaaacbcfzncqdjswgctuyxcnffrxxdf63mlnawzxxgxos1cohhnu0eyd05yupz87thtn10hsssesy9g_ko8vbk9gegam1t1um9zkny4li4xygkic8hd5hred_t0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1r0sUU9RnhuusCjrd6xmQaDKlizMtdqAVhyphenhyphenvY7RWgot3pWCd2D_sdY5Gq5BbsCvfO0UYiDV4rD3HIDyVG_2qXXXaaHJN7wsrOd8gk3Lw965ftlxTUP4mFpHqbZ6-vV8Af7bz__BcLOyOm/s320/ogaaacbcfzncqdjswgctuyxcnffrxxdf63mlnawzxxgxos1cohhnu0eyd05yupz87thtn10hsssesy9g_ko8vbk9gegam1t1um9zkny4li4xygkic8hd5hred_t0.jpg" t8="true" width="218" /></a></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> Sempre gostara de caixinhas de música e bonecas coloridas, mas há tempos forçava-se a saltos altos e decotes profundos. Não que não gostasse das sutilezas femininas, mas é que a criança não podia ficar escondida no baú, nem comandar euforias e fricotes. Ela precisava, e todas precisam, ter e conhecer seu espaço. </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> Então, dedilhava como quem cantarola: histórias, notinhas, memórias. </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> Olhava o céu noturno, desejando as estrelas, cantando baixinho o que sonhava pra elas. Aquele céu a acolhia como uma grande mãe, que nos braços guarda o mundo. </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> Dançava com as mãos, os olhos, os cotovelos. Gostava era da bagunça das cores vivas e intensas, das correrias, dos gostos de nuvem de algodão. Apreciava os cafunés, os focinhos gelados e os quentes, os aconchegos de edredom, as casquinhas dos doces, os chocolates derretidos, os espaços entre as palavras, os sussurros dos contos de madrugada, os cochichos das apaixonadas. Gostava de amanhecer e anoitecer, amava cada gota, cada milímetro. Pisava nas poças d’água, cumprimentava os cachorros e muitas vezes esquecia os donos. </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> Sonhava com casinhas e arco-íris, e por achar que tudo era bom, agradecia. </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> E sempre que a moça alta e decidida tinha medo ou ameaçava entristecer voltava pro peito, relembrava aquele gosto de quem nunca cresce, e permanece dentro intacta e serelepe. E desse modo podia escolher qualquer decote, qualquer sapato pois levava as estrelas no sorriso e o céu na boca. </div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-26091579559821668062011-04-06T21:08:00.000-07:002011-04-06T21:08:37.106-07:00No espelho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPyHPI8mTQvcP8YaG6JBG53Fy2Ob2JAxnTPXvflfihyJFJgoEsYtVFz8vSQpHHZdnPiBGEaYozl8do8EXaelLxDJDi8g__m75Lk3VMavi30pT4_2ayZllnzerBXJhrJaSbsTqaxaGVwlaE/s1600/espelho-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPyHPI8mTQvcP8YaG6JBG53Fy2Ob2JAxnTPXvflfihyJFJgoEsYtVFz8vSQpHHZdnPiBGEaYozl8do8EXaelLxDJDi8g__m75Lk3VMavi30pT4_2ayZllnzerBXJhrJaSbsTqaxaGVwlaE/s320/espelho-1.jpg" width="320" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></span><br />
<div style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="font-family: Times; font-size: medium; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">encontros no pé, </span></div><div style="font-family: arial; font-size: small;">do ouvido</div><div style="font-family: arial; font-size: small;"><div>olvido desejo</div><div>montes de luz</div><div>em quedas</div><div>suadas possibilidades </div><div>em cartilhas </div><div>lamentos de anoitecer</div><div>rostos em reflexo simultâneo</div><div>corpos simbióticos</div><div>das ópticas alteradas </div><div>pedaço qualquer</div><div>risco no fim da linha</div><div>cabeça, no sangue</div><div>na mão destra </div><div>amor</div><div>sete cores, no bailado</div><div>por gingado</div><div>delícias em contramão</div><div>rostos milimétricos</div><div>pontos em vista, nas revistas</div><div>na janela</div><div>uma gota, novo passo</div><div>re-bolado</div><div>mudanças, mais sorrisos </div><div>nas mãos do destro </div><div>o preço justo</div><div>mesmo no susto</div><div>amanhecer</div><div>acordar, recordar brilhante</div><div>re-lutante embarcar</div><div>comecar, em- tre</div><div>laçar</div><div>dentro dos dedos</div><div>sutil ametista</div><div>refletida</div><div>prisma, cristal</div><div>do ourtro</div><div>lado</div><div>largo, oculto</div><div>vem a força </div></div><div>nasce a língua</div><div style="text-align: left;">do sempre e tanto </div><div>porvir</div></div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-90284204665775335862011-03-29T05:42:00.000-07:002011-07-22T06:48:23.384-07:00Monólogo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/EJyb0hB7Gmo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div align="center"><br />
</div><div align="center">Olá amores amados,</div><div align="center">Esse é o meu novo monólogo, adorei fazê-lo.</div><div align="center">Espero que gostem!</div><div align="center">Obrigada Lucio Manfredi pelo texto maravilhoso, obrigada Catarina Assef pela direção e câmera, e Ricardo Ferreira, meu irmão pela edição.</div><div align="center"><br />
</div><div align="center">Com amor,</div><div align="center">Rafaela</div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-2333462683850125682011-03-01T19:58:00.000-08:002011-03-01T19:58:51.571-08:00Devaneio pro amanhecer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRxXXcCryp9VDT6v6JrB2sWAJehgoBd30230bEA41eRmdo3GhQQ_i0uk6BJfy35DDe_f-o3wpGCEERKUm434ixTLM6VS60_y6srmdVCZbZ5ncNt_IB76Mrgfz-SNJviRuX-Sfm1AR0Oxwe/s1600/o+louco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" l6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRxXXcCryp9VDT6v6JrB2sWAJehgoBd30230bEA41eRmdo3GhQQ_i0uk6BJfy35DDe_f-o3wpGCEERKUm434ixTLM6VS60_y6srmdVCZbZ5ncNt_IB76Mrgfz-SNJviRuX-Sfm1AR0Oxwe/s320/o+louco.jpg" width="299" /></a></div><br />
<div style="text-align: center;">Se joga na corda, menina. Se não embola! </div><div style="text-align: center;">Tantos desejos que movem seu peito, tantas esperas, batalhas, dedicações. É chegada a concretização dos devaneios inacreditáveis. </div><div style="text-align: center;">Abre a porta pro novo louco, que ele seja seu amigo, abrigo, na partida, partilha, ressureição.</div><div style="text-align: center;">Que você morra, pelo outro. Que morra a cada segundo, renascendo da troca, renovando a vontade. Destruindo as bases que já não servem. Chegou a hora de mudar a casca, destruir a armadura confortável que até então lhe acolheu e protegeu. Chegou a hora de implodir e reconstruir, criar o que deseja. </div><div style="text-align: center;">É agora a prova, diária, da renovação, da reaceitação da sentença almejada. É preciso descalçar as velhas pegadas, tão certas de chão. </div><div style="text-align: center;">Cai do abismo, doce criança! Alucina na noite com a sua dança toda sonhada, toda víscera e alma. Entrega o corpo a vinda dos ventos, as vidas que são. Aos cálices, postes, telas, vielas. Acorda na carne doida de realização, de gozo profundo na força clara. Aceita o fluxo do centro mole, abriga ele com estrutura, tamanho, precisão. </div><div style="text-align: center;">Molha teu rosto garota, bebe da fonte. </div><div style="text-align: center;">Olha-te no espelho: qual boca te serve agora? - ouve tuas palavras- Que olhos as dizem? Que corpo as clama? </div><div style="text-align: center;">Ouve seus medos: e esquece. Coragem é o passo! Aquele que só a tua sola vai sentir e transformar a ossada, reconfigurar as vias, abrir o coração pro quente, amor.</div><div style="text-align: center;">Abre espaço, menina. Que a vida agradece sua gratidão. </div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-22775087774646809342011-01-17T12:37:00.000-08:002011-01-17T12:44:52.758-08:00Bate coração, dou-te plena liberdade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTiA0SeqCshb0YcWXMHYvNDB69hGiyOQopXFtkKVCX2xtrKJU7GvPEP9WioYA3U5m6kxRXaUqKipdOlLKfKrRKtzm4ULmu5TsRn9C5yk_qw5LV-LMgX0Ftt5XM9SKNp8YL7F-1Wby_XTkf/s1600/coracao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTiA0SeqCshb0YcWXMHYvNDB69hGiyOQopXFtkKVCX2xtrKJU7GvPEP9WioYA3U5m6kxRXaUqKipdOlLKfKrRKtzm4ULmu5TsRn9C5yk_qw5LV-LMgX0Ftt5XM9SKNp8YL7F-1Wby_XTkf/s320/coracao.jpg" width="320" /></a></div>Olha lá, ela espera. Sabe pouco sobre amar e seus caminhos, chama seu coraçao livre, deixa-o bater. Debruça os olhos sobre as histórias que gotejam à sua frente. Ela quer abrir as asas não sabe como, sempre se precipita, tem dificuldade em calar, fala tanto que não se ouve. <br />
Porque fica assim em dias tranquilos? Empenha-se em gastar sua energia como pode. Corre, pula, não cansa. Quer mais, quer colo, quer troca. Ela murmura baixinho seus anseios pro mundo, por mais dificil: espera, pois sabe que a bonanca é vindoura. Sela o corpo, escolhe e nomeia suas intensidades, finca os pés na terra e sacode a poeira. <br />
<div style="text-align: justify;">Seja bem-vindo ser novo, sinta-se em casa, pode vasculhar, conhecer minha novidade estremecida. Que dessa vez os desejos sejam plenos e as vozes se calem o necessário. Que a calma faça morada no peito, a serenidade diga os passos. Seja você quem for, seja o que deus quiser.</div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-80709197624479016342011-01-11T18:47:00.000-08:002011-01-11T18:51:26.317-08:00Pés no chão, cabeça nas nuvens.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiU1QoibPPUFRW30NqH6NOZuXem6SXECfEnDmx73o9Sp5ZPQoiAXPAL5l5L5QSObe2-eDk5bCerxp8x52I14MuqgZc1JWfnfKdvV7gPnBPX5WC_XIqIs0iG2j6rDjiaKZYBaHplRf8VrMb/s1600/1057ee89a211ffec4c7cf4141aac321f4a9e21c8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="174" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiU1QoibPPUFRW30NqH6NOZuXem6SXECfEnDmx73o9Sp5ZPQoiAXPAL5l5L5QSObe2-eDk5bCerxp8x52I14MuqgZc1JWfnfKdvV7gPnBPX5WC_XIqIs0iG2j6rDjiaKZYBaHplRf8VrMb/s320/1057ee89a211ffec4c7cf4141aac321f4a9e21c8.jpg" width="320" /></a></div><div align="center">A menina fita a janela após um dia intenso de dedicação. Vê seus sonhos num reflexo simultâneo de acontecimentos. Sorri, sozinha, depois das luzes apagadas e o silêncio reinante. Sente um quentinho no peito, um aconchego de casa, de abraço materno, está só, mas dentro, a multidão que a habita, felicita a hora do descanço. E com tanta alegria, decide permanecer um pouco mais a observar as gotas, as senhoras e seus guarda-chuvas, os bêbados e seus caminhos tortos. Sente-se livre, enfia a mão na terra das plantas da janela, fecha os olhos. Está subindo além das nuvens, acima da chuva. Brinca nas esrelas antes invisíveis, agora companheiras na imensidão. Gosta do escuro, do verdadeiro silêncio reinante, gosta de olhar pra terra lá longe. Observar as dúvidas de cima, parecem mais nítidos seus propósitos dessa forma. Encantada no fluxo leve com que seu corpo se move no espaço, a menina esquece das horas, da fome, dos desejos. Só quer pensar na lua, brincar nas estrelas, se perder no infinito.</div><div align="center">Assim, vive a beleza sem tempo, delicia-se doce e ditosa.</div><div align="center">Mas o peito revolve qualquer querência, a menina exita, há algo estranho. </div><div align="center">Quer dividir. Contar a todos quão brilhantes são as novas amigas, quão linda é a terra e suas cores, quão intensa é a escuridão e a luz do caminho. Decide que mesmo tendo as galáxias como destino, quer a terra, quer tocar o chão e sofrer com a gravidade, quer colo e afago. Volta disparada, pra sua janela quadrada, recortada à noite. </div><div align="center">Tem medo, de não voltar a amplitude, de não mais ver a vastidão gigantesca. </div><div align="center">Se recolhe em seu ninho protegida, julga-se boba por acreditar nesses devaneios, sente-se estranha e fora de lugar.</div><div align="center">Decide ir a rua, sentir as gotas molharem seus cabelos, correr frente aos carros, dançar nos postes, criar um novo ponto de vista, trocar com os bêbados e as senhoras. </div><div align="center">Então, num olhar de relance com o desconhecido no centro negro do olho alheio, ela vê os círculos. As gigantescas proporções. Vê novamente o brilho familiar e divino: É preciso ter os pés no chão e a cabeça nas nuvens. Compartilha em aconchego.</div><div align="center"></div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-32751994993452105882011-01-09T14:41:00.000-08:002011-01-09T14:41:12.393-08:00Dite a beleza nos dias<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO2Q8jBpFlysLA1qgIk8DPr8XWErr_jUfZUbCZiNDHeCNMC9zfDTgsx7ri6qZ90tU3lxdTb7EJQweUGxZJy_2-jvW-Ux9NvowPGuxp3wWYwJEDKvfyF90feJmVrhwppsskAEqo62-K6Q47/s1600/afrodite.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO2Q8jBpFlysLA1qgIk8DPr8XWErr_jUfZUbCZiNDHeCNMC9zfDTgsx7ri6qZ90tU3lxdTb7EJQweUGxZJy_2-jvW-Ux9NvowPGuxp3wWYwJEDKvfyF90feJmVrhwppsskAEqo62-K6Q47/s320/afrodite.gif" width="320" /></a></div><div align="center"><br />
</div><div align="center">Agradeço sua beleza</div><div align="center">Seu presente inesperado</div><div align="center">Surpresa sempre foi meu gosto favorito</div><div align="center">Em seus olhos descanço a paz dos encontros</div><div align="center">Serenos e plenos</div><div align="center">Com sorriso inocente de criança</div><div align="center">Com o cuidado da anciã matriarca</div><div align="center">Com volúpia doce e fugaz da sedutora noturna</div><div align="center">Afaga desejos e vontades</div><div align="center">O coração se abre</div><div align="center">As verdades se mostram no espelho da senhora</div><div align="center">Da menina alegre</div><div align="center">Da atriz que retoca a maquiagem</div><div align="center">Dança tranquila a sutileza do objetivo</div><div align="center">A delícia do agora</div><div align="center"><br />
</div><div align="center">Escreve um bilhete costumeiro</div><div align="center">Dite a poesia</div><div align="center">Que alegra minha vida</div><div align="center"></div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-65264098820251552172011-01-06T05:36:00.000-08:002011-01-07T17:04:56.627-08:00<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Volta ao exercício, ao ofício desejado. Traça linhas simbolicamente organizadas, deslizantes e macias, gostosas mesmo de compor qualquer tolice.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Borda o que o momento escolhe, segue num fluxo transbordante de nada, apenas desenrola no gesto puro da vontade, do trabalho. Cria sem porquê, só por criar. Só pelo gosto bom de correr a lateral da mão no liso branco do papel, da quase seda, das manhãs e caminhos coloridos, da maravilha. Escreve sobre escrever, transcrever o pensamento. Escorre da caneta o líquido saciador dos poros incansáveis da folha nova, pinta, cria a folha nova, a nova menina dos olhos do poeta. Começa. Escreve porque é necessário, porque a mão escorrega macia até a distância, segura, precisa, sustenta a vontade firme de dançar a tinta boa, brinca, discorre, percorre a fronteira da letra, desenha, esculpe a letra justa, a palavra inteira. Diz qualquer maluquice, esquisitice, mas faz a primavera. Retorna outono. Vadia inverno. E renasce verão. </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Na palma leva o coração.</div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-52386740753178357022010-12-29T18:26:00.000-08:002010-12-29T18:30:08.408-08:00De quando criamos a história...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBGZ5Eyp-04wjRFf64MzsQRuF0tc9GrNyq8lULTkNuRirkwnU908DLgLdKJQyF47J6uhOkrsUNDnF2YO5Swv82rO0J8oy28ZFNAFTRUmjWlZgP_Q9xdY1oXejAexcz99sH3grDUURBMCUT/s1600/semrosto.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBGZ5Eyp-04wjRFf64MzsQRuF0tc9GrNyq8lULTkNuRirkwnU908DLgLdKJQyF47J6uhOkrsUNDnF2YO5Swv82rO0J8oy28ZFNAFTRUmjWlZgP_Q9xdY1oXejAexcz99sH3grDUURBMCUT/s320/semrosto.bmp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">(Imagem: René Magritte)</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Desejo seu desconhecido</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">E você ao meu.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Tão inventado e colorido</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Quanto pintam as memórias</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Quanto criamos histórias.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Recrio seu gosto</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Seu tato </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Seu olhar surreal</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Seu núcleo mole</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Seu cheiro casual</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Sei de cor um milhão de coisas </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que sei que não são - ou são.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Desejo ser doce, caber nos seus inventos</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Ter o tamanho certo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Te crio com margens de segurança, </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Pra cá ou pra lá</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Invento um personagem que cria a si mesmo</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que tem vontades que eu não sei </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Ele me mostra no tempo</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">De cada frase</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Tiro um tom</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Crio uma sonata, </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Nada, crio um soneto.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Crio um espelho que me engole</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">E já não tenho rosto</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Tenho o tamanho exato do sonho que imagino</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Tenho o tamanho do vento que invade suas janelas</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Sussuro o anseio do encontro</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">E é em breve</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Medo de viver um sonho</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Agora com corpo e vontade</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Agora no tamanho dele</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">No andar puro...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Temo me ver em seus olhos </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">E derreter meu coração.</div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-80025022408597179492010-12-27T17:56:00.001-08:002010-12-27T17:56:32.544-08:00Chove fino<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Chove fino</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">E chove também no corção</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Leve é a sensação da partida</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">E do reencontro</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Desejo num encontro de nuvens</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Num disparar incompreendido</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Palavras na chuva</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Gotas maiores sem sentido ou paixão</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Molham frase por frase as inexatas batidas</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">O corpo clama</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">A alma em corrente</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">A voz se cala</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Tudo gira no infinito</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Tudo dança </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Corre do céu ao chão num diparate</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Corre a memória</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Rasgada, esquecida</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">O peito podia mover</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Mas preferia querer</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Queria tão forte</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Que queria não o fazer</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Espera , no cantinho, nunca no centro</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Espera encolhida</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Num desejo de sol</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Num desejo de pouso, reencontro</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Tantas mudanças</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Tantas lembranças</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Que confusão é sair</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Que tentação é voltar</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Fica </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">E tudo tem seu lugar</div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-17483491411258749852010-12-21T05:02:00.000-08:002010-12-21T05:02:33.907-08:00As palavras são por si só<span data-jsid="text"></span><br />
<div class="text_exposed_root text_exposed"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsEZ7VFI27CsSFA-TO5pDzji_INYWF2s4jmQGBo1Fj_qgHYB2_oE_natQgYxdMpIIFlUpbV2FJtb0CMUwr9A92jiQFhDV9eRzp8QXPkcKcBXrWNEm7Gw8vmFhTv9jlX-nkFVzbF6Zeff6o/s1600/palavras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="279" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsEZ7VFI27CsSFA-TO5pDzji_INYWF2s4jmQGBo1Fj_qgHYB2_oE_natQgYxdMpIIFlUpbV2FJtb0CMUwr9A92jiQFhDV9eRzp8QXPkcKcBXrWNEm7Gw8vmFhTv9jlX-nkFVzbF6Zeff6o/s320/palavras.jpg" width="320" /></a></div><div class="text_exposed_root text_exposed">As palavras são por si só coisas que talvez eu não queira dizer<br />
O sentido fica dito no intervalo que escuta<br />
Suave proferir, quando dos gritos ouço apenas abafado<br />
Murmuro o que te digo pra talvez esvaziar<br />
Pulsa lá por dentro um neologismo vulgar<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show"><br />
Cada palavra que me encanta aprisiona entendimento<br />
E ecoa no abismo que a faz nascer<br />
Delicadamente viram formas, o que queria lhe escrever<br />
Quando baba a língua empurra o que eu cuspo em você<br />
<br />
O que não é dito excede a barreira estática do entender<br />
Invento o que te resignifica com a força de romper<br />
Quando me perco entre o mundo e o que acabo de dizer.</span></div><br />
<span class="text_exposed_show">Rafaela Ferreira / 2008</span><br />
<div class="text_exposed_root text_exposed"><br />
</div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-72916173451772658392010-12-20T17:45:00.000-08:002010-12-20T19:47:53.053-08:00Na praiaFui a praia em ipanema hoje. A tarde estava gostosa, o mar estava quente e leve, como um repousar marinho. Um descanço pras ondas, tão mansas...<br />
Depois de mergulhar, quando a mãe eo seu sal já limparam tudo. Sento-me confortável. <br />
De súbito um serzinho impressionante me questiona:<br />
Me dá 2 reais que eu escrevo seu nome no arame?<br />
Apressadamente meu amigo se adianta em explicar que não desejamos nada.<br />
Mas o olhar daquele serzinho invadiu meu coração. Ele era tão pequeno, sua pele vermelho terra, seus olhinhos brilhosos e amendoados...<br />
Era impossível não desejar sua arte e trocá-la por um sacolé, era por isso que criava!<br />
Pedi então que escrevesse no arame: Rafaela.<br />
Ele disse que poderia me fazer uma florzinha a cima do nome.<br />
Sorri consentindo.<br />
Ele me entregou meu nome escrito num arame dourado.<br />
Mas não havia uma flor, havia ali a graça que me olha todos os dias.<br />
Ele me sorriu, como me sorri o infinito: uma estrela inevitável.Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-51123652434575783922010-12-18T21:09:00.000-08:002010-12-18T21:11:30.100-08:00Reinstaurando a exatidão atemporal das fronteiras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggnc9UKuLtB1q7ZVYBs-igPmhmJOueoTtTp4LO01SGytev3C0B-J6-S7v0kjoDoXoJ2cBcBdhFC8qfOJbYnxPGJg2_zAIcTggxNgjnwYo86TOF8lZCmRg7v2VU-uSeduZ1-bsh3xgJwM1k/s1600/roda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggnc9UKuLtB1q7ZVYBs-igPmhmJOueoTtTp4LO01SGytev3C0B-J6-S7v0kjoDoXoJ2cBcBdhFC8qfOJbYnxPGJg2_zAIcTggxNgjnwYo86TOF8lZCmRg7v2VU-uSeduZ1-bsh3xgJwM1k/s320/roda.jpg" width="213" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que as palavras tenham o tempo necessário</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que os sonhos sejam bons e o sono ótimo</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que Beatriz se case</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que Fernando esteja pleno</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">As cachoeiras desaguem, os rios corram</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que meus olhos se fechem e se abram e sempre encontrem a luz</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que o medo venha e fuja</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">As dores cessem e morram</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">As plantas cresçam e frutifiquem</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">O sexo pulse em profusão</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">As vozes gritem</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">As ideias corram e renovem-se</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Que a vida viva com ar nos pulmões</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Os peixes cantem, os gatos pitem, as aves componham</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">E tudo esteja no lugar certo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Boa noite!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Rafaela Ferreira</div>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-26591406527322208942010-12-18T11:25:00.000-08:002010-12-18T11:26:34.354-08:00<span style="color: #444444; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>A despedida é o fruto invisível da mudança<br />
Me deparo com ela agora<br />
Desato os laços<br />
Sem paradeiro referente<br />
Com alguns sonhos novos na bagagem<br />
Despeço-me dia-a-dia<br />
Na certeza da bonança vindoura<br />
Vou na direção exata<br />
Vou no vento e trago a busca como vontade<br />
Vem a novidade<br />
E mesmo sem conhecê-la a amo!<br />
Faltam peças ainda pra montar a foto nova da casa<br />
Cada dia surge uma sorrateira e reluzente<br />
<br />
Amanhã vou à praia, anuncio.<br />
Mas não sei se o sol irá também<br />
Há tanto pra se ver e conhecer que duvido de sua ausência.<br />
<br />
O corpo ainda pena as próprias chagas<br />
É preciso uma mudança no pensamento, no físico<br />
A matéria necessita reformular-se, diminuir-se<br />
Tornar-se compacta e transportável<br />
Quero ser portátil. Me porta?<br />
<br />
Descubro um outro vir<br />
Venho a ti e a mim mesma<br />
Reescrevo contigo e tudo faz mais sentido<br />
Seja feita a vossa vontade<br />
Seja honrada a inspiração<br />
Procrio seus meios<br />
Copio novas e deconhecidas criações<br />
Copio a mim mesma num reflexo contemporâneo de encaixe<br />
<br />
Sonho com o outro, com o novo<br />
Encontro pedaços, são muitas peças, é infinito<br />
Agora aprendo e recebo<br />
Abro as pernas e gozo o mundo<br />
<br />
Dou passos, esses fazem carícias<br />
Caminho ao teu lado, errado<br />
Caminho no teu caminho<br />
No caminho da vida eterna de satisfação<br />
<br />
A falta nos move, me falta ar<br />
Respiro e me encho da tua presença<br />
Possuo pois posso!<br />
E materializo sua prosperidade<br />
Rasgo o medo ao meu<br />
E detono meu gatilho<br />
Sorrio ao novo<br />
E o infinito me sorri uma estrela inevitável.</strong></span><br />
<strong><br />
<span style="color: #444444; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span></strong><br />
<span style="color: #444444; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Rafaela Ferreira - Novembro/2010 </strong></span>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1326838156775255917.post-32424550606288072532010-12-17T18:50:00.000-08:002010-12-17T18:54:44.985-08:00Dos micros que compõe a poeira<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Bem vindos queridos leitores!</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Tanto demorei para começar esse blog, que acho justo começar com uma poesia antiga, no tempo das turbulências emancipadas:</strong></span><br />
<span style="color: #666666;"><br />
</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Um pigar de gotas</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>E cada vez um som</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Notam-se frágeis os acordes expectivamente eloquentes</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Cada pensamento pinga e forma ondas proporcionalmente indiferentes as sensações</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Dos medos, tomo-me inteira</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>E como sempre trago à tona frustrações</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Não quero-me forte como pintavam-me na pintura</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Muito menos incompacta, sei lá</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Quero ver-me novamente no espelho d'alma</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Refletir os rabiscos tortuosos que expressam</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Calar as vozes dispensáveis</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>E ouvir as ondas que cortam</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Porque já cansei de gritar no vazio</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Já se foram os olvidos</strong></span><br />
<span style="color: #666666;"><br />
</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Quero ouvir-me </strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Pra ouvir-te</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Pra talvez calar-te</strong></span><br />
<span style="color: #666666;"><br />
</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Ser sincera com o que nasce, expor</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Mas sinto-me falando outra língua</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Temo as frases vomito garganta a fora</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>As vezes engulo,</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>É como regugitar o intragável.</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>E desses tons agudos e irritantes que pingam agora</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Encontro a falta, tolida</strong></span><br />
<span style="color: #666666;"><br />
</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Quero falar do universo que explode</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Mas seus olhos fincaram-se nos jogos inventados de trivialidades</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>E a garganta secou, consequência das repulsas</strong></span><br />
<span style="color: #666666;"><br />
</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Essa sensação de ser única</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Impermanentemente Eu</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Diferente de todas as outras coisas existentes</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Cheia de impecílios pra lidar com iguais</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>É sensação cruel de solidão em si mesma</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>E de potência desbravadora de ser</strong></span><br />
<span style="color: #666666;"><br />
</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>É notar-se mínima, </strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Completamente dispensável pro funcionamento do macro organismo, passageira</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>E capaz de agir sobre a realidade ireal que se vive</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>É vêr-se nada, prepotente de dúvidas e verdades absolutas</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Mutando a cada dia, nos ciclos que seguem correndo</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Devindo de ar em ar, de momento em momento</strong></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Nas poeiras micro, e nos micro que compõe as poeiras e nos compõe e cruzam-se, mudam-se, renovam, criam... Assim minimamente única.</strong></span><br />
<span style="color: #666666;"><br />
</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>Rafaela Ferreira/2008</strong></span>Rafaela Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/12924348951837764008noreply@blogger.com1